Lacerda: medidas são tímidas e Keynes não assinaria

O presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, falou ao Valor Econômico sobre as medidas anunciadas pelo governo para combater a crise causada pela pandemia de Covid-19. Elas foram classificadas por vários economistas como “política keynesiana”, o que tem gerado muita polêmica – o próprio secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, nega que o governo esteja fazendo uma política keynesiana.

De acordo com o texto, assinado por Fábio Graner, o presidente do Cofecon avalia as medidas como muito tímidas e diz que Keynes jamais assinaria. “A questão central é que toda a equipe econômica está num conflito. Sempre pregaram a austeridade como instrumento de retomada da confiança que nos tiraria da crise”, afirmou o presidente, que também é organizador do livro O Mito da Austeridade.

“Agora que os países mais relevantes têm adotado políticas de forte intervenção do Estado, se veem obrigados a fazê-lo. Embora de forma tímida, tardia e titubeante. Precisam dar satisfação ao ‘mercado’ e aos que os apoiam, mas com explicações que não cabem no momento”, completou Lacerda. Ainda conforme o texto, o presidente cobra um aumento mais intenso e mais célere de gastos públicos não só para saúde, mas também para reforçar renda de cidadãos e empresas.

O texto do Valor Econômico pode ser acessado clicando AQUI.