Vitória dos economistas: BNB exigirá registro ao contratar economista-chefe

O Conselho Federal de Economia e os economistas registrados obtiveram junto ao Banco do Nordeste do Brasil uma vitória que valoriza a profissão. Tudo começou quando o BNB abriu uma seleção, por meio de chamada pública, para contratar um economista-chefe. Entre os requisitos exigidos para o cargo, não figurava o registro no Conselho Regional de Economia – o que fere a legislação que trata do exercício profissional. Diante da manifestação do Cofecon, o BNB comprometeu-se a observar a Lei 1.411/51 durante a seleção, exigindo que o candidato selecionado tenha registro no respectivo Corecon.

Manifestação do Cofecon

Em ofício datado de 26 de janeiro e assinado pelo presidente Júlio Miragaya, o Cofecon argumentou que a fiscalização exercida pelo Conselho “trata essencialmente de uma garantia para a sociedade, qual seja a de que apenas profissionais habilitados e sujeitos à disciplina ética e técnica da organização profissional tenham a possibilidade de desempenhar as tarefas que, segundo a lei, demandam tanto essa habilitação quanto essa disciplina, e sem as quais estariam sob risco a vida, a saúde e o patrimônio da população”. Além disso, foi apresentada a legislação que rege a profissão de economista e as atividades inerentes, sendo ilegal o exercício profissional sem o registro no Conselho Regional de Economia. Assim, o Cofecon propôs que o chamamento público fosse retificado.

Em resposta enviada no dia 29, o BNB se compromete a cumprir a legislação e coloca-se à disposição do Cofecon para dirimir todas as dúvidas quanto ao processo de seleção. “O requisito da exigência de registro profissional do candidato no Conselho Regional de Economia será devidamente observado durante o processo de seleção do Economista Chefe, em atendimento, inclusive, aos ditames da Lei nº 1.411/51”, afirma a resposta do Banco.

A seleção

O Banco do Nordeste lançou uma chamada pública para contratar um economista-chefe. O salário de referência é de R$ 29 mil. Entre os requisitos exigidos estão o doutorado ou PhD em Economia, experiência de cinco anos em atividades de pesquisa, desenvolvimento econômico, gestão pública e privada, avaliação de políticas e cenários, fluência em português e inglês, capacidade de articulação, liderança e visão estratégica.

Os currículos, com as devidas comprovações de experiência, qualificações e publicações, devem ser enviados até o dia 29 de fevereiro, em formato PDF, no endereço eletrônico [email protected]. A vaga é para a cidade de Fortaleza.