Eduardo Araújo comenta nova regra que limita juros do crédito rotativo

Conselheiro federal também defendeu a adoção de políticas de renda, estratégias de ‘nudge’ e educação financeira para reduzir o número de endividados no cartão

O conselheiro federal Eduardo Reis Araújo foi um dos economistas ouvidos pelo portal Tribuna Online, do Espírito Santo, em matéria que trata da nova regra que limita os juros do crédito rotativo do cartão. De acordo com a matéria, cerca de 1 milhão de pessoas naquele estado estão inadimplentes em dívidas desta modalidade.

Eduardo destaca que as novas regras valem apenas para as dívidas feitas a partir de janeiro de 2024. “Aquelas anteriores a esta data não estão sujeitas a este limite específico”, comenta. Ele também mencionou que os endividados que desconfiarem de juros abusivos podem buscar a realização de uma perícia para reduzir o valor – e o site do Cofecon tem um cadastro de economistas peritos que podem prestar este serviço.

O texto também menciona que economistas elogiam o programa Desenrola, mas cobram mais ações para reduzir o endividamento no País. Para o conselheiro federal, são necessárias mais políticas voltadas à geração de renda. “A regulação do crédito consignado para pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada é um ponto importante. Este tipo de crédito, quando não regulado adequadamente, pode levar a um ciclo de endividamento, especialmente para quem tem renda limitada e é mais vulnerável”, afirma. “O uso de estratégias de ‘nudge’ pode ser eficaz neste sentido. É uma abordagem que visa influenciar suavemente o comportamento das pessoas sem restringir suas escolhas, usando incentivos psicológicos”.

A importância da educação financeira para lidar com o endividamento também foi discutida. Eduardo citou que estudos do Swiss Journal of Economics and Statistics mencionam que pessoas com mais educação financeira são mais capazes de lidar com despesas de emergência e choques de renda. “Além disso, tendem a adotar comportamentos de dívida mais prudentes, como menor probabilidade de acumular dívidas no cartão de crédito e maior tendência a quitar o saldo total do cartão mensalmente”, apontou.

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