Os efeitos do dólar abaixo de cinco reais

O dólar apresentou na quinta-feira (13) a menor cotação em 10 meses. A moeda norte-americana fechou o dia valendo R$ 4,92 centavos. Desde que a pandemia começou, a última vez que o dólar tinha caído abaixo dos cinco reais havia sido em junho do ano passado e, antes, em alguns poucos dias do mesmo mês, em 2021 e em 2020.

O Coordenador da Comissão de política econômica do Cofecon, Fernando de Aquino destaca algumas razões desses efeitos. O economista foi convidado para participar do programa RW dinheiro, notícias de economia da Agência Rádioweb, com produção e reportagem de Alexandre Figueiredo. Aquino fala que um dos motivos é por refletir fatores externos, por sofrer uma baixa no mundo inteiro e, consequentemente, é possível sentir o impacto inicial da movimentação de utilizar outras moedas mais intensamente no comércio internacional.

Quanto aos fatores internos, tem a ver com o arcabouço fiscal do governo, que, de acordo com a visão do coordenador, foi bem recebido e é observado resultados melhores da inflação. “Isso é uma forma de incentivar que pessoas internalizem os recursos para poder aplicar aqui no Brasil”, reitera.

O resultado na última quinta-feira representou a terceira queda consecutiva do dólar neste ano. Isso tem o impacto positivo para o Brasil, como explica o economista. “Um dólar mais baixo, favorece as pessoas queriam exportar terminam ter maior incentivo para vender aqui dentro, então os preços em geral podem ficar mais baixos, pode também fazer viagens internacionais. A população em geral pode ter uma melhoria nos preços das mercadorias em função dessas importações e exportações mais baratas”, conclui.