“Nossa inflação tem pouco a ver com a questão fiscal”, afirma conselheiro

Em matéria publicada no portal Estadão, Antonio Corrêa de Lacerda defendeu redução da taxa básica de juros pelo Banco Central

O conselheiro federal Antonio Corrêa de Lacerda falou ao portal Estadão sobre a taxa de juros praticada no Brasil. A matéria, que é exclusiva para assinantes, abordava o Produto Interno Bruto – divulgado ontem pelo IBGE, com crescimento de 2,9% em 2022, mas apresentando desaceleração na segunda metade do ano.

Ao abordar vários aspectos do atual momento econômico, o texto menciona a crise das Lojas Americanas e os ruídos em torno da política econômica, que fazem com que os juros de longo prazo aumentem, situação que é repassada aos empréstimos oferecidos a empresas e famílias. Mas, na visão do economista, a inflação atual não é causada por uma demanda aquecida e não deveria haver tanta preocupação com o desequilíbrio nas contas do governo.

“A nossa inflação tem pouco a ver com a questão fiscal. Ela tem a ver com as pressões de custos, que são muito relevantes. É mais um motivo para evitar uma taxa de juros tão elevado como a que temos”, afirmou Lacerda. “Poderíamos argumentar que as taxas de juros futuras tendem a refletir a visão do BC sobre o presente. Ocorre um cenário curiosíssimo, em que a própria narrativa do BC cria espaço para uma interpretação, a meu ver equivocada, de que estaríamos numa situação fiscal muito grave e que isso é o que provocaria inflação. Os números não apontam para isso”.

A próxima reunião do Copom acontecerá nos dias 21 e 22 de março. De acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central, o mercado espera que a taxa de juros seja mantida em 13,75% ao ano.

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