O papel da educação financeira no empoderamento feminino

Por Janile Soares

A educação financeira é cada vez mais relevante na vida das pessoas. Antes tratado como tema apenas de “magnatas” e grandes empresários, falar sobre dinheiro – ou da falta dele – torna-se mais comum e necessário entre pessoas de todas as camadas sociais. É notável o esforço de quem está buscando fazer o salário render ao longo do mês. Não basta apenas ter uma renda, o cidadão deve aprender como geri-la de uma forma ótima.

Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a educação financeira pode ser definida como “o processo pelo qual consumidores/investidores financeiros aprimoram sua compreensão sobre produtos, conceitos e riscos financeiros e, por meio de informação, instrução e/ou aconselhamento objetivo, desenvolvem as habilidades e a confiança para se tornarem mais conscientes de riscos e oportunidades financeiras, a fazer escolhas informadas, a saber onde buscar ajuda e a tomar outras medidas efetivas para melhorar seu bem estar financeiro”.

A OCDE inclui no documento de Recomendação sobre os Princípios e as Boas Práticas de Educação e Conscientização
Financeira que isso vai além do fornecimento de informações e do aconselhamento financeiro: é uma atividade que deve ser regulada, por tratar de clientes financeiros e envolver uma série de saber lidar com as questões financeiras após o falecimento do marido; jovens que, ao se casarem, sempre deixavam o esposo como primeiro titular da conta; a senhora que não entendia como a instituição financeira tinha a “audácia” de cobrar juros de uma aposentada. Quando deixei o banco para trabalhar com educação financeira e consultorias, encontrei outros casos: mulheres que precisavam organizar as suas finanças, pois haviam sido demitidas ao voltar da licença maternidade; descontrole financeiro e compras por impulso; a mulher que trabalhava e entregava o seu salário para o marido administrar; produtos e aplicações financeiras mal vendidas ou venda casada.

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