Conselheiros falam sobre preços de combustíveis e estudo para privatizar Petrobras
Os conselheiros federais Fernando de Aquino Fonseca Neto, coordenador da Comissão de Política Econômica do Cofecon, e Eduardo Reis Araújo, conselheiro suplente do Cofecon, falaram à Agência Radioweb sobre a Petrobras. No último dia 11 o presidente Jair Bolsonaro trocou o ministro de Minas e Energia e o novo titular da pasta, o economista Adolfo Sachsida, afirmou que uma de suas primeiras medidas seria pedir um estudo para a privatização da estatal.
Aquino falou sobre a política de preços da empresa, que desde 2016 segue o modelo de paridade de preços internacional. O preço dos combustíveis no Brasil subiu muito nos últimos dois anos. “Duas alternativas de políticas de preços poderiam viabilizar preços menores para o consumidor interno”, comentou o conselheiro federal. “Se voltarmos à política de preços baseada nos custos, o preço seria formado pelos custos de produção mais uma margem de lucro da empresa. A segunda alternativa é manter a política de paridade de preços internacional, mas os lucros gerados poderiam ser revertidos para um fundo que suavizaria os preços. Praticaríamos uma espécie de subsídio com parte destes lucros”.
Araújo considerou que o momento político não é adequado para discutir a privatização da Petrobras. “Estamos no final de um mandato e no meio de um processo eleitoral. É como se estivéssemos trazendo a discussão aos 45 do segundo tempo”, comparou o conselheiro. “O próprio ministério não tem autonomia suficiente para tomar essa decisão sem que o assunto passe pelo parlamento”.
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