Metas de inflação são irrealistas no Brasil, diz presidente do Cofecon  

O presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, falou ao portal Reconta Aí sobre a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), divulgada na última terça-feira (08). Na ocasião, a taxa básica de juros foi elevada de 9,25% para 10,75% ao ano – alta de 1,5 ponto percentual.

Na entrevista, Lacerda caracterizou o Brasil como o país com a maior taxa de juros reais (taxa de juros menos inflação projetada para os próximos 12 meses) do mundo e afirmou que a medida de aumentar os juros, ainda que mais lentamente, agravará a crise vivida pelo Brasil e suas consequências, como desemprego, quebra de empresas e aumento da inadimplência.

“As metas de inflação são irrealistas no Brasil. Elas não serão cumpridas. Além disso, as causas da inflação atual sofrem pouca influência das taxas de juros”, comentou o presidente do Cofecon. “O País paga o ônus da elevação da elevação da Selic sem o bônus da queda da inflação. Isso porque a inflação é de custos. O juro alto só favorece os rentistas, os credores da dívida pública e os aplicadores do mercado financeiro, em detrimento da imensa maioria do povo”.

A entrevista pode ser lida clicando AQUI.