Lacerda afirma que perspectivas para a economia em 2022 são limitadas

Em entrevista ao jornal Rede Brasil Atual (RBA), o presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Antonio Corrêa de Lacerda, falou sobre as perspectivas para a economia em 2022 em matéria publicada na última quinta-feira (30). Segundo o economista, o cenário mais provável é de estagflação, onde o crescimento da economia deverá ser perto de zero e inflação continuará expressiva.

Lacerda comentou sobre a alta dos juros pelo Banco Central, afirmando que, além de não resolver o problema da economia brasileira, as medidas terão efeitos colaterais adversos. “A questão chave é que a atual pressão inflacionária se caracteriza nitidamente em um choque de oferta e não de excesso de demanda”, explicou o presidente do Cofecon.

“Juro alto é um mecanismo clássico de combate às elevações de preço decorrentes de pressão de demanda, o que não é o nosso caso. Nossa situação é exatamente inversa. Há claros sinais de estagflação: inflação em alta, retração industrial crônica, elevada ociosidade da capacidade produtiva, desemprego expressivo e queda na renda”, reforçou o economista.

A matéria pontua que o cenário de falta de oportunidades no mercado de trabalho também não deve melhorar, já que não haverá crescimento econômico. “Mais do que um problema social, o que por si só já justificaria uma política pública anticíclica, é também uma questão econômica. Um desempregado a mais é um consumidor a menos”, comentou Lacerda.

Durante a entrevista, o presidente do Cofecon também falou sobre efeitos da pandemia e do atual governo na economia. Além disso, comentou sobre desemprego, reformas administrativas e retomada. Clique aqui para conferir a entrevista na íntegra.