Em entrevista à rádio Bandeirantes, presidente analisou o Plano Pró-Brasil

Em entrevista ao Jornal Gente, da rádio Bandeirantes, o presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, disse que há uma divergência entre a linha econômica defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e o que está proposto do Plano Pró-Brasil, que apresenta viés anticíclico para combater os efeitos da crise. A análise do presidente do Cofecon foi ao ar na última terça-feira, 28 de abril. 

“O Plano carece de fundamentos. É, na verdade, uma carta de intenções que não informa a origem dos recursos ou a capacidade de execução. Embora tenha havido essa declaração de apoio ao Guedes e do Guedes ao Plano, não se sabe como isso se resolverá na prática porque as duas coisas são aparentemente inconciliáveis: o discurso da chamada ‘austeridade’, que prega o ministério da Economia, e a visão correta, a meu ver, do ponto de vista da direção, do plano pró-Brasil, que visa, em um momento de crise, ampliar os investimentos, embora de forma ainda tímida”, afirmou o presidente do Cofecon.

O economista destacou que o nível de investimento público brasileiro está entre os mais baixos da história e que os R$ 30 bilhões previstos como investimento estatal no Plano Pró-Brasil não resolvem a crise econômica do País. “Você precisaria de algo mais contundente de gastos públicos na forma de investimentos para infraestrutura e políticas sociais com a finalidade de garantir renda à população e garantir socorro às empresas, principalmente as pequenas e médias. Se o governo não fizer isso, se o Estado não cumprir essa função, a crise vai ser mais profunda, a depressão será muito forte e o Estado será prejudicado da mesma forma porque vive de arrecadação tributária. Se não há atividade econômica, obviamente não há arrecadação”, destacou Antonio Corrêa de Lacerda.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra: