Artigo – Economia brasileira: experiência, renovação e inovação

No conceito original, a experiência pessoal é a habilidade ou perícia resultante do exercício contínuo de uma profissão, arte ou oficio. Se pudermos expandir o conceito para a experiência organizacional e institucional, precisaremos incluir outros fatores que integram as organizações e as instituições. Nelas, o pensamento individual deve ser somado e compartilhado para que sintetize e assimile a essência do conteúdo construtor.

Representando a “Curva da Experiência” numa equação algébrica, na tentativa de simplificar, diríamos que CE = Ea(B/A)x. Isto é, a Curva de Experiência(CE)  é igual a Experiência numa data anterior(Ea) multiplicada pelo Fator de Aprendizagem(B/A), elevado ao Expoente para a Taxa de Aprendizagem(x)., que é o resultado da Experiência no momento ”B”. Isto é, o que a Organização ou Instituição aprendeu com a evolução do ontem para o hoje.

A Aprendizagem Organizacional, como bem definiu Nisembaum, “é um processo pelo qual uma empresa(organização) identifica e busca realizar as mudanças qualitativas desejáveis. Isto envolve tanto as competências organizacionais quanto as competências individuais”. “A instituição é um sistema organizacional de padrões sociais relevantes observados pela sociedade”.

O Século XX foi a Era das Organizações; o Século XXI bem que poderia ser a Era das Instituições, construindo um processo socialmente desejável.

O momento por que passa a realidade brasileira, em que a corrupção dominou a atenção do País e do mundo, das organizações e das instituições, algumas detestando esse comportamento e outras aceitando e se beneficiando, apesar de ruim e desconfortável, leva à reflexão e, Deus queira, à redução/eliminação dessa indesejável presença da corrupção.

Que os corruptos e corruptores não só sejam punidos como condenados a devolver, capitalizado, tudo o de que se apropriaram indevidamente.

É inaceitável que empresas com significativo destaque se envolvam em corrupção como demonstrado. Que tanto as empresas como seus executivos envolvidos sejam severamente punidos para que isso não mais se repita no País.  Isto e outras medidas de racionalização/redução da máquina pública-executiva e legislativa- poderiam reduzir significativamente os gastos do Governo e, consequentemente,  a carga tributária, melhorando o poder aquisitivo das pessoas e a competitividade das empresas, bem como a imagem do País para o mundo. Que o desenvolvimento passe a ser o destaque e esta experiência se torne produtiva para o Brasil e, consequentemente, aos brasileiros.


Humberto Dalsasso –  Economista, Consultor Empresarial de Alta Gestão