Relatório de gestão do Cofecon

O ano de 2021 foi marcado pela frustração da retomada econômica. Embora tenha havido crescimento, ele se deve a um efeito meramente estatístico que sucede a queda verificada em 2020. O otimismo após o primeiro trimestre deu lugar ao quadro de recessão técnica verificado no terceiro, em grande parte causado pela crise política, pela ausência de um projeto de desenvolvimento e pela alta da inflação que chegou aos dois dígitos.

Também contribuíram para este quadro as novas variantes do coronavírus – sobretudo a delta, cuja disseminação obrigou a reforçar as medidas de isolamento social – e o atraso no início da vacinação no Brasil, causado por fatores vários que vão desde o negacionismo até a desarticulação entre as esferas de governo no enfrentamento à pandemia. Além disso, amarras autoimpostas (como a PEC do Teto, que restringe sobremaneira o investimento público num momento em que ele é bastante necessário) impedem uma atuação firme do Estado, capaz de disseminar-se por toda a economia por meio dos efeitos multiplicador e demonstração.

Neste contexto, o Cofecon tem promovido debates e defendido medidas de superação da crise por meio da inclusão social. O atendimento aos menos favorecidos estimula a geração de demanda, uma vez que, até mesmo por suas necessidades, eles têm maior propensão ao consumo. Outra medida defendida em debate foi o fortalecimento do complexo econômico-industrial da saúde, que além de gerar empregos, pode tornar o país autossuficiente em vários insumos cuja importação foi necessária durante a pandemia. Destaque-se que o Instituto Butantã e a Fundação Oswaldo Cruz foram de grande importância para que, apesar de todos os percalços, a vacinação pudesse chegar a um estágio avançado no Brasil.

Entre as atividades realizadas pelo Cofecon, destacam-se a retirada da PEC 108, cuja tramitação representava uma grave ameaça às funções e até mesmo à existência dos Conselhos de Fiscalização Profissional, fruto de um trabalho que envolveu todas as profissões regulamentadas; os avanços na implantação da carteira profissional eletrônica; controles internos e licitações; realização da Gincana Nacional de Economia em novo formato, além de outras atividades como o Prêmio Brasil de Economia e os demais prêmios entregues anualmente pelo Cofecon; a criação do Prêmio Paul Singer de Boas Práticas Acadêmicas, estimulando a economia solidária; a campanha de valorização profissional; a publicação das revistas Economistas e Justiça Social; a realização de sessões plenárias virtuais e híbridas; oficinas de aperfeiçoamento para economistas; análises de normas, processos de fiscalização e de demonstrações financeiras; e a adequação do Sistema Cofecon/Corecons à Lei Geral de Proteção de Dados.

Finalmente, não podemos deixar de mencionar a realização do Congresso Brasileiro de Economia, totalmente em formato virtual. Durante três dias, palestrantes brasileiros e estrangeiros discorreram sobre os mais variados temas, apresentando soluções para o enfrentamento dos problemas econômicos do País. Prestigiaram o evento mais de 100 palestrantes e 1500 participantes. O material pode ser acessado, de forma gratuita e na íntegra, por meio do aplicativo Economistas.

Nossos agradecimentos aos conselheiros, dirigentes, coordenadores, membros do corpo funcional do Sistema Cofecon/Corecons, pelo trabalho e dedicação ao longo do ano de 2021. Certamente o esforço coletivo em prol do desenvolvimento sustentável e inclusivo foi fundamental para a concretização dos projetos propostos e para apresentação de resultados positivos.

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Econ. Antonio Corrêa de Lacerda
PRESIDENTE

Econ. Denise Kassama Franco do Amaral
VICE-PRESIDENTE