Lauro Chaves critica sistema tributário brasileiro

Conselheiro Federal aponta que a tributação é maior para quem tem menos, enquanto quem poderia pagar mais não é tributado. Reforma tributária não eliminará o “custo Brasil”

O conselheiro federal Lauro Chaves Neto falou ao portal O Otimista sobre o modelo tributário praticado no Brasil. Na visão do economista, nosso sistema tributário é injusto, a carga é alta e complexa, mas recai pouco sobre a renda, patrimônio, lucro e herança.

Para Lauro, a simplificação tributária pode melhorar o ambiente de negócios no Brasil, mas o chamado “custo Brasil” (uma série de dificuldades burocráticas, econômicas, de legislação e de infraestrutura) continuará existindo. O texto cita, ainda, que a Confederação Nacional da Indústria estima este custo em R$ 1,5 trilhão.

“Precisamos ter muita prudência, porque ainda não se sabe qual vai ser a alíquota do IVA, que está estimada em torno de 27% e 28% e, ainda assim, seria o maior no mundo. Então, teremos uma simplificação, mas nada garante que haverá uma redução da carga tributária”, observa Lauro.

“No Brasil, além da carga tributária ser elevada e do sistema fiscal ser um pandemônio, a cobrança é muito injusta. A tributação é muito maior para quem tem menos e, muitas vezes, quem poderia pagar mais não é tributado”, menciona o conselheiro federal. “Isso acontece porque a maior parte da nossa carga tributária está resumida em impostos sobre o consumo. É preciso ter um imposto maior sobre renda, patrimônio, lucro e herança. É isso que é feito na maior parte dos países desenvolvidos, e o que levaria a uma justiça tributária e social muito mais efetiva”, acrescenta.

Outro aspecto da reforma abordado na matéria é a criação do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional. “Nós não sabemos exatamente quais são as fontes de recursos do FNDR e muito menos como será a sua aplicação e distribuição. As bancadas do Norte, Nordeste, Centro-Oeste precisam estar atentas no Congresso Nacional para que o desenvolvimento regional continue sendo uma prioridade dentro do nosso arcabouço fiscal e tributário”, afirma Lauro Chaves.

A matéria publicada pelo portal O Otimista pode ser lida clicando AQUI.