Espaço do Sistema Cofecon/Corecons recebeu debate sobre economia do DF

Evento foi organizado pelo Corecon-DF e contou com a presença de vários economistas e autoridades. Cofecon foi representado pela conselheira Mônica Beraldo

O Corecon-DF realizou na tarde desta quinta-feira um debate sobre a economia do Distrito Federal, no qual a equipe técnica do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF Codeplan) apresentou o Boletim de Conjuntura do Distrito Federal. O evento contou com a presença de vários economistas e autoridades e ocorreu no Espaço do Sistema Cofecon/Corecons: Memórias e Futuro da Economia Brasileira, localizado em Brasília.

“Foi um encontro muito importante para discutir indicadores do Distrito Federal, e esta discussão foi trazida pela equipe técnica do IPEDF, mas recheada de debates com autoridades. Nossos economistas agregaram no sentido de questionar como devemos proceder com as potencialidades locais”, afirmou a presidente do Conselho Regional de Economia do Distrito Federal (Corecon-DF), Luciana Acioly. “Temos economistas que estão, em seus cargos, tratando de questões como emprego, desigualdade de renda, salários, e quando se junta tudo isso, temos uma plataforma de debate qualificado, voltado para as políticas públicas”

O Cofecon foi representado no evento pela conselheira Mônica Beraldo. “É com muita satisfação que nós recebemos aqui os economistas, convidados, imprensa e colegas que ocupam cargos no governo do Distrito Federal. Esta parceria sempre foi importante e colocamos à disposição este espaço do Sistema Cofecon/Corecons”, expressou a economista. Mônica, que é ex-presidente do Corecon DF, também transmitiu uma mensagem às mulheres presentes: “Lembro também que hoje temos dez mulheres no plenário do Cofecon. Este é um número inédito. Juntem-se a nós no futuro, para que possamos estar presentes nos momentos mais importantes da economia local, nacional e internacional”.

Entre os presentes estiveram Alexandre Villain, secretário executivo da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Distrito Federal; Itamar Feitosa, secretário da Fazenda na Secretaria de Economia do Distrito Federal; Agaciel Maia, secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal; e Luiz Henrique Negry, gerente de cenários econômicos do Banco de Brasília.

Economia do Distrito Federal

A apresentação abordou economia internacional, brasileira e local, análise de preços e mercado de trabalho. Na parte de economia internacional, os preços de grãos e fertilizantes (índices importantes para a economia do DF) tiveram uma forte alta após o início da guerra na Ucrânia, mas encontram-se em fase de acomodação. O dólar, cuja cotação esteve entre R$ 5,40 e R$ 5,60 durante a pandemia, voltou a estar próximo dos R$ 5,00; e a inflação de 12 meses nos Estados Unidos, China e Zona do Euro encontra-se em fase de acomodação.

O PIB local cresceu acima do nacional nos dois últimos trimestres de 2023, puxado principalmente pelo setor de serviços. O crescimento do comércio varejista e do setor de serviços é inferior ao nacional em um período de 12 meses, mas superior no último trimestre; o crédito para pessoas jurídicas apresentou pouca variação durante a pandemia, mas tem crescido para pessoas físicas; a tendência de alta da inadimplência tem sido revertida desde maio. O saldo do comércio exterior tem sido negativo: as exportações são, em sua maioria, de soja, produtos avícolas e querosene; e nas importações destacam-se os medicamentos.

Na variação de preços, Brasília tem a maior variação do IPCA em 12 meses entre todas as áreas pesquisadas pelo IBGE (5,50%, contra média nacional de 4,62%). As maiores altas no trimestre dizem respeito a transportes, alimentação/bebidas e habitação, com a maior contribuição para o índice vindo das passagens aéreas.

O mercado de trabalho tem uma taxa de ocupação acima da média nacional (61,92% contra 57,59%). Em 12 meses, os setores com maior alta na ocupação são serviços (4%) e administração pública (1,6%), enquanto as maiores baixas estão em construção (-10,8%) e indústria de transformação (-4,3%). A massa de rendimentos reais 19% acima do nível do primeiro trimestre de 2019, enquanto a massa salarial real está 10% acima.

O Boletim de Conjuntura é uma publicação trimestral do IPEDF Codeplan e foi apresentado por Adrielli Santana, Dea Fioravante e Pedro Salomão.