Presidente do Cofecon defende redução da taxa de juros

O presidente do Cofecon, Paulo Dantas da Costa, falou ao Diário de Pernambuco sobre a taxa básica de juros praticada no Brasil. Nesta semana o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne e há uma expectativa de redução da Selic – mas as opiniões dos analistas estão divididas quanto ao tamanho do corte (0,25 ou 0,50 ponto percentual) e as atenções estarão voltadas para o comunicado emitido pelo colegiado após a reunião.

Para o presidente do Cofecon, a taxa de juros está num patamar muito elevado por um período muito prolongado – desde agosto de 2022 ela se encontra em 13,75%. Isso tem impacto não apenas na economia, mas também sobre a dívida pública, e os juros pagos pela população são muito maiores do que a Selic. Dados do Banco Central divulgados recentemente dão conta de que o custo médio anualizado do crédito não consignado é de 91,2% ao ano e o do rotativo do cartão de crédito, 437,3% ao ano.

Por isso, Dantas é favorável a uma redução de, pelo menos, 0,5 ponto percentual. “O que acontece com as taxas de juros no Brasil é bem diferente do que ocorre no mundo lá fora. Temos um delta bem significativo em relação à inflação, e os juros têm características próprias. Entretanto, não há justificativa para taxas tão altas”, expressou o presidente do Cofecon. Para ele, o nível atual dos juros tem “consequências maléficas para a economia e trava o investimento”. “Em comparação com os Estados Unidos, o Brasil tem um mercado de crédito muito concentrado, com 80% nas mãos de apenas seis bancos”.

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