Lacerda analisa inflação de maio e defende redução dos juros

O conselheiro federal Antonio Corrêa de Lacerda falou à rede CNN Brasil no último domingo sobre o resultado da inflação de maio. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,23% no mês e 3,94% nos últimos 12 meses. A entrevista pode ser assistida na íntegra clicando AQUI

“O que tivemos nos últimos anos foi uma pressão inflacionária, muitas vezes motivada por fatores externos à nossa economia. São as commodities, as matérias-primas, os grãos”, analisa Lacerda. “Em função da pandemia e das consequências da guerra Rússia-Ucrânia, houve elevação de preços e isso impacta o nosso mercado. Embora sejamos exportadores, há uma tendência de os preços internos acompanharem os preços internacionais, o que gerou uma pressão de oferta”.

A acomodação dos preços internacionais, a queda do dólar e a redução nos preços dos combustíveis, ajudaram a reduzir o IPCA. “Consequências disso: a economia começa a andar melhor, com inflação mais baixa, e abre espaço para a redução da taxa de juros”, aponta o economista. “Vale lembrar que inflação em queda não é preço em queda. Inflação significa que os preços continuam crescendo. Em alguns indicadores, como o IGP-M, já observamos deflação. Esta sim, é uma queda de preços que se reflete nos índices, e é algo que não se descarta proximamente”.

Para Lacerda, o Brasil já tem condições de reduzir os juros. “Estamos há muitos meses com a maior taxa de juros do mundo. Nós já temos condições hoje de uma redução sem risco de aceleração inflacionária. Mesmo que a inflação chegue a 5% ou a 5,5%, 13,75% (de juros) é um número bastante expressivo”, analisa. “Se tivermos, por hipótese, um corte de um ponto percentual nas próximas quatro reuniões, a taxa cairia para 9,75%. Isso ainda seria uma taxa de juros razoável para o padrão brasileiro, e se olharmos a taxa de juros ao tomador final, essa distância é ainda maior. Isso tem impacto significativo para o investimento, a produção, as decisões de contratação de pessoal e compras dos consumidores. É um elemento muito importante para o comportamento da economia em 2023 e já afetando também 2024”, finalizou.

O conselheiro federal Antonio Corrêa de Lacerda falou à rede CNN Brasil no último domingo sobre o resultado da inflação de maio. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) teve alta de 0,23% no mês e 3,94% nos últimos 12 meses. A entrevista pode ser assistida na íntegra clicando AQUI. (https://www.youtube.com/watch?v=Daa2k8I-7PE)

“O que tivemos nos últimos anos foi uma pressão inflacionária, muitas vezes motivada por fatores externos à nossa economia. São as commodities, as matérias-primas, os grãos”, analisa Lacerda. “Em função da pandemia e das consequências da guerra Rússia-Ucrânia, houve elevação de preços e isso impacta o nosso mercado. Embora sejamos exportadores, há uma tendência de os preços internos acompanharem os preços internacionais, o que gerou uma pressão de oferta”.

A acomodação dos preços internacionais, a queda do dólar e a redução nos preços dos combustíveis, ajudaram a reduzir o IPCA. “Consequências disso: a economia começa a andar melhor, com inflação mais baixa, e abre espaço para a redução da taxa de juros”, aponta o economista. “Vale lembrar que inflação em queda não é preço em queda. Inflação significa que os preços continuam crescendo. Em alguns indicadores, como o IGP-M, já observamos deflação. Esta sim, é uma queda de preços que se reflete nos índices, e é algo que não se descarta proximamente”.

Para Lacerda, o Brasil já tem condições de reduzir os juros. “Estamos há muitos meses com a maior taxa de juros do mundo. Nós já temos condições hoje de uma redução sem risco de aceleração inflacionária. Mesmo que a inflação chegue a 5% ou a 5,5%, 13,75% (de juros) é um número bastante expressivo”, analisa. “Se tivermos, por hipótese, um corte de um ponto percentual nas próximas quatro reuniões, a taxa cairia para 9,75%. Isso ainda seria uma taxa de juros razoável para o padrão brasileiro, e se olharmos a taxa de juros ao tomador final, essa distância é ainda maior. Isso tem impacto significativo para o investimento, a produção, as decisões de contratação de pessoal e compras dos consumidores. É um elemento muito importante para o comportamento da economia em 2023 e já afetando também 2024”, finalizou.