Trabalho, economia popular solidária e feminização da pobreza: limites e possibilidades desta “outra”economia

Por Antônio Alves, Carlucia Silva e Lorenzo Rea

Nas últimas décadas, a crise do trabalho, assim como o avanço das políticas neoliberais no mundo (e especificamente no Brasil), ocasionou o aumento da precarização da atividade humana voltada ao trabalho e acentuou o desemprego.
Como resultado disso, foi configurada uma política macroeconômica que contribuiu para o aumento da vulnerabilidade social e cujas ações compensatórias de combate às desigualdades não contrabalancearam tais efeitos. Neste cenário acentuam-se as situações de pobreza e desemprego, junto a significativas mudanças na composição da estrutura ocupacional, com redução gradativa de acesso ao trabalho decente. Somando-se a isso, o setor assalariado
fez inchar mais ainda o setor informal, aumentando a dificuldade de sobreviver em um mercado globalizado que se estreitava cada vez mais, tornando-se altamente competitivo e excludente.

No Brasil, no início da década de 1990 e nos anos seguintes, com a abertura comercial e financeira indiscriminada da economia brasileira, as importações, a adoção de uma política nacional de altas taxas de lucros e juros e os fenômenos conjunturais se intensificaram desfavoravelmente no quesito dinâmica da renda e do trabalho.

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