Inflação alta traz de volta velhos temores

O presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, falou ao portal UOL sobre a estabilização econômica vivida pelo Brasil após o Plano Real, em 1994. A matéria teve como tema o dragão – figura mitológica que, durante a década de 1980, foi associada à inflação no país.

“Com erros e acertos, nós temos hoje uma economia mais aberta, houve a ampliação da concorrência no mercado internacional e passamos a ver produtos nacionais e importados, o que amplia a oferta. A maior oferta ajuda a termos mais concorrência, e isso gera menos inflação, potencialmente falando”, afirmou o presidente do Cofecon ao UOL. Para Lacerda, a estabilização foi possível porque o país contou com níveis mais elevados de reservas cambiais “para resgatar o papel-moeda frente à corrosão financeira”.

Desde o Plano Real, em quatro ocasiões a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou acima de 10%: em 1995 (22,41%), 2002 (12,53%), 2015 (10,67%) e 2021 (10,06%). Conforme publicado pelo UOL, para Lacerda o resultado do ano passado é resultado “basicamente do preço das commodities no mercado internacional, desvalorização do real perante o dólar e ausência de políticas econômicas no Brasil que trabalhem a formação de preços”.

Na próxima quarta-feira (11) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgará o índice de inflação correspondente ao mês de abril. Nos três primeiros meses do ano a alta já é de 3,20%, com um acumulado de 11,30% em 12 meses (abril de 2021 a março de 2022).

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