Conselheiro federal Aquino fala sobre taxa Selic e inflação prevista para 2022

O conselheiro federal e coordenador da Comissão de Política Econômica do Conselho Federal de Economia (Cofecon), Fernando de Aquino, falou ao portal Reconta Aí sobre a projeção do Banco Central para inflação elevada em 2022. Veiculada nesta terça-feira (14), a matéria mostra que o Comitê de Política Monetária (Copom) da autarquia afirmou que a inflação deverá ser a principal preocupação para a população no próximo ano.

Para Aquino, a economia não reagirá em 2022 se os juros continuarem tão altos. Ele explica que o grande aumento da inflação em 2021 foi causado pela taxa de câmbio muito elevada e pela subida do preço do petróleo no mercado internacional. Aquino afirma que essa tendência também seguirá para 2022, assim como o preço do dólar que permanecerá elevado por conta do cenário nacional e internacional.

“Determinar e manter o nível da taxa Selic em determinado período é o principal instrumento da política monetária no Brasil”, aponta o economista. Por mais que o aumento da taxa Selic tenha como objetivo controlar a inflação, traz também efeitos colaterais, como aumento do preço do crédito. Ou seja, a compra de bens de consumo duráveis fica mais cara e as pessoas têm menos condições de comprar utilizando crédito.

“As empresas também terão uma taxa mais alta para o capital de giro e para os investimentos, então vão investir menos, formar menos estoque e produzir menos. Isso gera uma queda nas compras na economia. Com as compras diminuindo, há menos condições de comprar e com isso dá-se o efeito de diminuição da inflação”, explica o conselheiro federal Aquino.

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