A Bolsa ou a Vida: estratégias para reconstrução nacional no pós-pandemia

O Brasil emerge da pandemia trazendo problemas que exigem respostas urgentes, sustentáveis e inclusivas, com foco no bem-estar coletivo, contemplando principalmente a população mais vulnerável, assim como na preservação do meio ambiente.

Neste contexto, e com a finalidade de traçar estratégias concretas para o País, a produtora Caliban e o Conselho Federal de Economia (Cofecon) promovem debate a partir do filme “A Bolsa ou a Vida” e da obra de Celso Furtado, nesta quinta-feira, 7 de outubro, às 17h, com transmissão pelo Youtube do Cofecon. Clique AQUI e crie um alerta. Assim, você será avisado ou avisada quando o debate estiver ao vivo.

Afinal, a que destino o Brasil tem se dirigido nas últimas décadas?

A Constituição de 1988 foi um grande passo na construção de um Estado de bem-estar social, consagrando vários direitos sociais. Hoje, caminhamos na direção contrária, seja pela precarização e dificuldade de acesso aos serviços públicos, seja pela desregulamentação de direitos, que tem escancarado a desigualdade, seja pelos efeitos de uma pandemia mal conduzida pelo Estado brasileiro, comprometendo a vida, o emprego, a renda e a esperança de milhões de brasileiros.

O encontro contará com a presença do premiado cineasta Silvio Tendler, diretor do filme “A Bolsa ou a Vida”, e do presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, que, entre outros livros, é autor de “Celso Furtado, 100 anos: pensamento e ação”.

O filme e o livro servirão como ponto de partida para o debate, que pretende oferecer estratégias para o Brasil de 2022, passando pelos investimentos em saúde, que, além de uma forte demanda social, têm potencial para serem fontes propulsoras da economia; pela renda básica, em resposta ao desamparo a que têm sido submetidos desempregados e trabalhadores informais; pela preservação ambiental, com fomento da economia; pelo desenvolvimento de tecnologias sustentáveis na área energética; pela formação de recursos humanos com foco em pesquisa e desenvolvimento; pela abertura de crédito e financiamento, de forma a atender empresas e famílias que precisam sobreviver ao próximo ano e aos seguintes.

Na visão do atual governo, os investimentos em saúde, educação, pesquisa técnico-científica, renda básica e créditos são considerados custos. Mas, para Lacerda, no entanto, “não fazê-los significaria um custo econômico e social muito mais elevado, dado o aprofundamento da recessão e seus efeitos, como a quebra de empresas, o aumento do desemprego e o colapso da renda e também da arrecadação tributária, provocando forte impacto fiscal negativo”.

Com a apresentação do jornalista Juca Kfouri, questões que trazem à superfície as consequências do Estado Mínimo e do desmonte dos direitos trabalhistas serão discutidas pelos convidados: Carlos Gadelha, coordenador do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz (CEE/Fiocruz), Tânia Bacelar, economista com vasta trajetória na área de desenvolvimento regional, Sérgio Besserman Vianna, ex-presidente do IBGE, e Luiz Pinguelli Rosa, mestre em engenharia nuclear, doutor em física e ex-presidente da Eletrobras.

Também prestigiarão o evento, com suas presenças, a jornalista e editora Rosa Freire d’Aguiar (viúva do economista Celso Furtado) e o ex-ministro da Ciência e Tecnologia Roberto Amaral.

Serviço:

Debate: A Bolsa ou a Vida: estratégias para o Brasil no pós-pandemia
Data: Quinta-feira (07/10), às17h
Transmissão do evento: https://www.youtube.com/watch?v=vRW_Zkhq56g
Trailer do filme A Bolsa ou a Vida: https://www.youtube.com/watch?v=GZlKSjsVh2I
Link para o filme A Bolsa ou a Vida: https://www.youtube.com/watch?v=N2ERnOk57Z4