“O Estado não pode abrir mão da função de regular e fiscalizar”, afirma Lacerda para Revista Facto

Em entrevista para a Revista Facto, da Associação Brasileiras das Indústrias de Química Fina, Biotecnologia e suas Especialidades, o presidente do Conselho Federal de Economia, Antonio Corrêa de Lacerda afirmou que a política econômica em vigor no Brasil, além de limitada, ultrapassada e restrita, causa estragos. “Prevalece o desgastado discurso inócuo das tais ‘reformas’ e a visão equivocada do ‘ajuste fiscal’ e do Estado Mínimo”.

Sobre o custo brasil, Lacerda afirmou que isso afeta toda a indústria. “Aqueles setores de maior valor agregado e tecnologia avançada, como o fármaco-químico, são ainda mais prejudicados. Na medida em que precisam competir globalmente em setores dinâmicos, sentem mais fortemente a adversidade dos fatores desfavoráveis e a ausência de políticas de incentivo.” Para o presidente do Cofecon isso prejudica a competitividade de toda a economia, uma vez que os produtos do setor são importantes insumos para os demais. “Perde a economia com um todo, na medida em que não conseguimos ser competitivos.”

Para Lacerda, a questão regulatória é essencial frente aos desafios da Anvisa em um cenário de aumento da competitividade internacional nos segmentos farmacêutico e farmoquímico. “O Estado pode abrir mão da função de produtor e provedor de serviços. Mas não pode abrir mão da função de regular e fiscalizar as atividades. Nesse ponto, em vez do propalado Estado Mínimo, seja lá o que isso quer dizer, é preciso um Estado necessário e robusto para enfrentar os grandes desafios impostos pela concorrência globalizada, a revolução tecnológica e as novas relações advindas da sustentabilidade.”

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