Lauro Chaves Neto afirma que Fortaleza pode ser competitiva, mas que é preciso equalizar desigualdades

O economista Lauro Chaves Neto, professor da Universidade Estadual do Ceará (Uece) e conselheiro do Cofecon, comentou em entrevista ao Trendsce que Fortaleza experimenta uma trajetória de crescimento. A cidade conseguiu em 2018 ter o maior Produto Interno Bruto (PIB) da região Nordeste. “Fortaleza faz 295 anos com uma dinâmica muito interessante, considerando que se tornou um hub de dados, sendo uma das capitais do mundo com mais fibra ótica, podendo desenvolver uma base de data center mundial. Se tornou um hub aéreo internacional, importante para o turismo, assim como sua Região Metropolitana tem incorporado um complexo industrial e portuário, impulsionando a indústria e ainda o setor de comércio e serviços, que faz o grande eixo econômico da capital do Ceará”, afirma.

“Precisamos investir cada vez mais na formação do capital humano, desde o ensino fundamental ao ensino superior, passando pelo ensino técnico, formando mais mestres e doutores e desenvolvendo mais pesquisa e tecnologia. É uma cidade que cresceu muito, porém os desafios e as expectativas para o futuro são ainda maiores”, afirma Neto. Para ele, a cidade tem uma vocação natural para se trabalhar e desenvolver as energias renováveis, notadamente a solar e a eólica.

Porém, o economista ressalta que Fortaleza ainda conta com extrema desigualdade. Existem bairros da periferia com qualidade de vida muito baixa, enquanto outros têm um padrão de vida “quase europeu”. “Esse quadro de desigualdade precisa ser equalizado em termos de oportunidades de educação, assistência médica e trabalho e tudo isso depende muito de políticas públicas e de incentivar o perfil empreendedor nato do cearense”, justificou.

A entrevista completa pode ser lida clicando aqui.