Presidente comenta dados do desemprego

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (30) os dados do emprego para o trimestre que vai de maio a julho de 2020. A taxa de desocupação foi de 13,8% (contra 11,8% no mesmo período de 2019), representando um contingente de 13,1 milhões de desempregados; e a taxa de subutilização foi de 30,1% (contra 24,6% no mesmo trimestre do ano passado).

O presidente do Cofecon, Antonio Corrêa de Lacerda, falou sobre os dados. “A pesquisa do IBGE é feita mediante entrevistas, e a primeira pergunta é se a pessoa está empregada ou não. Se não estiver empregada, a segunda pergunta é se procurou emprego. Se a pessoa não houver procurado emprego, ela sai da estatística de desemprego e entra em outra classificação, que é o desalento”, explica Lacerda. A população desalentada foi calculada pelo IBGE em 5,8 milhões, um recorde para a série.  

“Temos um número bastante expressivo de desocupados e ele reflete muito a condição da economia”, avalia o presidente. “O emprego tem uma relação direta com o nível de atividade econômica. Nós estamos na maior crise da nossa história, o PIB deve cair 6% neste ano. É a maior queda registrada pelo Brasil em um ano e, portanto, isso se reflete nas oportunidades de trabalho, elevando o desemprego”.

Para Lacerda, o alto desemprego é um dos fatores que atrapalham o crescimento econômico do Brasil – que já vem de uma forte crise em 2015 e 2016 e ainda estava longe de voltar ao nível de 2014. “O quadro denota uma das limitações da retomada da economia. Cada desempregado a mais é um consumidor a menos. Apesar do fato de que os programas sociais amenizam o drama dos que estão sem emprego”.

A população que compõe a força de trabalho (95,2 milhões de pessoas, 11 milhões a menos que no mesmo período de 2019) teve o menor número da série histórica. Deste total, 82 milhões estão ocupados e 13,1 milhões estão desocupados. A população fora da força de trabalho (79,0 milhões de pessoas) foi recorde.