Nota de Pesar – Walter Barelli

 Foto: JONNE RORIZ/AG NCIA ESTADO/AE

Faleceu na noite desta quinta-feira (18), aos 80 anos, o economista Walter Barelli. Ele estava internado desde o mês de abril, em decorrência de uma queda na qual bateu fortemente a cabeça. Deixa três filhos: Suzana, Pedro e Paulo. O velório acontecerá nesta sexta-feira (19), na cripta da Catedral da Sé, em São Paulo. O enterro acontecerá no sábado (20), no Cemitério Gethsêmani Anhanguera.

Barelli graduou-se em Ciências Econômicas pela Universidade de São Paulo (1963), obteve o mestrado em Sociologia do Desenvolvimento (1967) pela mesma universidade e o doutorado em Economia pela Fundação Instituto Tecnológico de Osasco (1977).

Trabalhou por oito anos no Banco do Brasil e foi diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) entre 1966 e 1990. Durante este período foi preso pelos militares em 1979, mas diante da mobilização de políticos e sindicalistas, foi solto rapidamente.

Em 1992, Barelli aceitou o convite de Itamar Franco para ser Ministro do Trabalho. No cargo, fez com que o governo reconhecesse e combatesse a prática de trabalho infantil escravo no país e pediu à Polícia Federal para investigar os casos denunciados pela Comissão Pastoral da Terra. Defendeu, ainda, a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais.

 

Em 1995, assumiu a Secretaria do Emprego e Relações do Trabalho do estado de São Paulo, permanecendo até 2002. Disputou uma vaga na Câmara dos Deputados em 1998 (não foi eleito) e 2002. Suplente, assumiu a vaga de deputado federal em 2005. Após o fim do mandato, afastou-se da política e dedicou-se à carreira acadêmica.

 

Barelli era professor da Unicamp, tendo atuado também na PUC/SP e FGV/SP. Entre seus livros, destacam-se “O futuro do emprego”, “Distribuição funcionalde renda nos bancos comerciais” e “As alternativas de emprego para o mercado de trabalho”. Em 2011 participou do Congresso Brasileiro de Economia, em Bonito, numa mesa temática sobre “O Papel do Economista no Século XXI”.