Artigo – Um ano e só piorou

Como amanhã o governo Temer completa um ano, torna-se oportuno um balanço. Segundo promessas feitas em seu discurso em 12/05/2016: “Nosso maior desafio é estancar o processo de queda livre na atividade econômica”: passados 12 meses, a economia permanece em retração. “O maior objetivo do governo é reduzir o desemprego”: em um ano, o número de desempregados não diminuiu e sim aumentou em 3,1 milhões. “Restaurar o equilíbrio das contas públicas, reduzindo o déficit primário”: o déficit primário do setor público saltou de R$ 111 bilhões em 2015 para R$ 156 bilhões em 2016 e é estimado em 170 bilhões em 2017.

Na área social, Temer afirmou: “Vamos manter os programas sociais (Minha Casa Minha Vida, Pronatec, Fies, etc)”. Não foi bem assim. O governo vem desidratando cada um destes programas e os investimentos públicos caíram 61% no primeiro trimestre de 2017. Quanto às reformas, disse: “Nenhuma dessas reformas alterará os direitos adquiridos pelos cidadãos brasileiros”. Ora, com as leis da Terceirização e de limites dos gastos sociais e as reformas da Previdência e Trabalhista, Temer vem promovendo o maior retrocesso social da história desse País.

Em relação à corrupção, disse: “A moral pública será permanentemente buscada e haverá apuração dos desvios”. A realidade: mais da metade de seus ministros cometeu graves desvios, alguns foram defenestrados e oito estão por cair. A única meta que logrou êxito foi a de reduzir a inflação. Ocorre que já vinha caindo no governo Dilma, não por mérito dela ou de Temer, mas em função da retração econômica.

Economia estagnada, aumento do desemprego e do déficit fiscal, redução dos investimentos públicos, retirada de direitos sociais e corrupção sem precedentes. Talvez por isso, 87% do povo desaprove o governo Temer e 70% considere seu governo pior ou igual ao governo Dilma. Satisfeitos mesmo, só as grandes empresas e, claro, o capital financeiro.