Janeiro teve inflação de 0,38%

IPCA-JAN17O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro variou 0,38%, superando os 0,30% de dezembro em 0,08 ponto percentual (p.p.). Este foi o IPCA mais baixo para os meses de janeiro na série histórica iniciada em dezembro de 1979. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 5,35%, ficando abaixo dos 6,29% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2016 a taxa foi 1,27%.

As tarifas dos ônibus urbanos, que subiram 2,84%, lideraram o ranking dos principais impactos individuais, com 0,07 p.p.. Importante na despesa do consumidor, os ônibus urbanos têm expressiva participação de 2,61% na formação do IPCA. Com isto, o grupo transportes apresentou a mais elevada variação de grupo.

Das 13 regiões pesquisadas, as tarifas dos ônibus urbanos ficaram mais caras em oito, especialmente em Brasília (14,75%) e Vitória (15,19%). Em Brasília, o reajuste de 25% vigorou de 02 a 18 de janeiro, quando foi interrompido e retornou à tarifa anterior por decisão da Câmara Legislativa do Distrito Federal. A partir do dia 28 de janeiro o reajuste de 25,00% voltou a ser aplicado.

Ocorreu reajuste, também, nas tarifas dos ônibus intermunicipais em quatro regiões. Na região metropolitana de São Paulo, o reajuste de 6,65% concedido pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) aos ônibus intermunicipais vigorou de 08 a 11 de janeiro, com suspensão a partir do dia 12. Tal reajuste não voltou a ser aplicado no período de referência do índice.

Os combustíveis (1,28%) também pressionaram as despesas com transporte, já que o litro do etanol subiu 3,10%, com destaque para Campo Grande (6,12%), enquanto o litro da gasolina subiu 0,84%. Mesmo assim, transporte, apesar da variação de grupo mais elevada, apresentou forte desaceleração na taxa de crescimento de preços de dezembro para janeiro, ao passar de 1,11% para 0,77%. Isto se deve, principalmente, às passagens aéreas, que passaram de 26,29% em dezembro para -7,36% em janeiro.

Por outro lado, os grupos alimentação e bebidas, que foram de 0,08% para 0,35%, e habitação, de -0,59% para 0,17%, mostraram significativa aceleração, contribuindo para elevar o IPCA de um mês para o outro. No primeiro, a alimentação consumida fora de casa passou de 0,33% para 0,69%, sendo que os alimentos para consumo em casa foram de -0,05% para 0,17%.

Nos alimentos, alguns ficaram bem mais baratos, a exemplo do feijão-carioca (-13,58%), enquanto outros, como o óleo de soja (7,66%), subiram.

No grupo habitação, a queda nas contas de energia elétrica foi menos intensa. Em dezembro, as contas ficaram 3,70% mais baratas, o principal impacto para baixo. Isto devido ao fim da cobrança do adicional de R$1,50 referente à bandeira amarela. Em janeiro, a queda foi de 0,60% e se deve à redução do PIS/COFINS na maioria das regiões pesquisadas. Do lado das altas, destaca-se, em habitação, a taxa de água e esgoto, cuja variação de 0,61% se refere a Campo Grande (7,37%), onde ocorreu reajuste de 8,42% em 03 de janeiro, e ao Rio de Janeiro (5,12%), com reajuste de 7,13% em primeiro de janeiro.

Nos demais grupos sobressaem, em alta, os seguintes itens: excursão (2,51%), leitura (2,27%) e telefone celular (1,67%).

Os artigos de residência (-0,10%) e de vestuário (-0,36%) foram os dois grupos que apresentaram queda no índice do mês.

Na ótica dos índices regionais, o mais elevado foi o de Brasília (0,72%), onde o item ônibus urbano apresentou alta de 14,75% refletindo o reajuste de 25,00% que vigorou de 02 a 18 de janeiro, quando foi interrompido e voltou a ser cobrado em 28 de janeiro. O menor índice foi o da região metropolitana de Porto Alegre (0,18%).

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2016 a 30 de janeiro 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 29 de dezembro de 2016 (base).

INPC varia 0,42% em janeiro

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,42% em janeiro e ficou acima da taxa de 0,14% de dezembro em 0,28 p.p.. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desceu para 5,44%, ficando abaixo dos 6,58% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2016 o INPC registrou 1,51%.

Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,35% em janeiro, enquanto, no mês anterior, registraram 0,05%. O agrupamento dos não alimentícios ficou com variação de 0,45%, bem acima da taxa de 0,18% de dezembro.

Quanto aos índices regionais, o mais elevado foi o de Brasília (1,08%), onde o item ônibus urbano apresentou alta de 14,75%, refletindo o reajuste de 25,00% que vigorou de 02 a 18 de janeiro, quando foi interrompido e voltou a ser cobrado em 28 de janeiro. O menor índice foi o da região metropolitana de São Paulo (0,07%).

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 30 de dezembro de 2016 a 30 de janeiro 2017 (referência) com os preços vigentes no período de 1º a 29 de dezembro de 2016 (base).


Fonte: IBGE