Lacerda fala à CNN sobre impactos dos juros altos

Entre os efeitos adversos, conselheiro federal citou restrição do crescimento, estrangulamento dos devedores, valorização artificial do câmbio e aumento do custo da dívida

A pouco mais de uma semana da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, marcada para os dias 17 e 18 de setembro, as expectativas sobre possíveis ajustes ou não na taxa básica de juros (Selic) começam a aparecer no noticiário econômico. Atualmente, ela encontra-se em 10,5% ao ano, após ter passado por um ciclo de redução entre agosto de 2023 e maio de 2024, quando caiu de 13,75% para o patamar atual. O Banco Central manteve a taxa estável nas duas reuniões mais recentes, realizadas em junho e julho deste ano.

O conselheiro federal Antonio Corrêa de Lacerda falou sobre o assunto em matéria publicada pela CNN Brasil. Para o economista, o nível elevado dos juros praticados no Brasil continua a impor barreiras significativas ao desempenho da economia brasileira, resultando em “restrição do crescimento econômico, estrangulamento dos devedores, valorização artificial do câmbio e aumento do custo de rolagem da dívida pública”.

Lacerda tem sido um crítico da taxa de juros praticada no Brasil. Em maio, quando a taxa de juros foi reduzida em 0,25 ponto percentual (após uma sequência de quedas de 0,5), ele classificou a decisão como ruim (leia AQUI), por defender uma redução maior. Já no mês de julho, falando à TV Democracia, argumentou que a situação fiscal do Brasil era razoável. “O maior componente que afeta as contas públicas é a taxa de juros muito elevada”, comentou na ocasião (leia AQUI). Ele também respondeu que não esperava por uma elevação dos juros em 2024 – possibilidade que vem sendo discutida em alguns veículos de comunicação.

A matéria publicada pela CNN pode ser lida clicando AQUI.